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Redação

Espetáculo traz reflexões sobre violência contra mulher e relacionamentos abusivos em Cuiabá

A peça faz parte da programação do Festival Luiz Carlos Ribeiro e será apresentada no domingo (18), no Cine Teatro Cuiabá

Foto: Karen Malagoli

O espetáculo “Labirinto Feminino” explora o ciclo da violência de gênero em relacionamentos abusivos e identifica as diferentes fases. A peça faz parte da programação do Festival Luiz Carlos Ribeiro e será apresentada no domingo (18), no Cine Teatro Cuiabá. A entrada é gratuitos, mas é necessário realizar a retirada do ingresso no site da Sympla.


A escritora e diretora do espetáculo, Gabriela Gama, conta que a cenografia é minimalista, repleta de elementos simbólicos, que fazem alusão ao psicológico de uma vítima. Enquanto a iluminação cria atmosferas diferentes e ajuda a destacar as transformações dos personagens.


O elenco da peça é composto por Gabriela Gama e Shirtes Filho. Conforme o ator, o espetáculo traz um espelho para as mulheres se identificarem por passarem por situações similares, assim como leva momentos de reflexão para os homens que já replicaram frases e ações apresentadas.


De acordo com Gabriela, a peça surgiu de uma investigação iniciada em 2018 sobre síndrome de Estocolmo e as violências de gênero, o que resultou em uma performance chamada “Núpcias”. Após a apresentação do espetáculo, ela intensificou a pesquisa e a linguagem performática para a criação de “Labirinto Feminino”.


Gama ainda destacou que o espetáculo é uma resposta ao aumento de casos de feminicídio no Brasil. “Em 2023, 1467 mulheres morreram apenas pelo fato de serem mulheres, uma alta de quase 1% em relação ao ano anterior. Só no primeiro semestre de 2023, houve em São Paulo um aumento de 34%, assim como agressões, ameaças e medidas protetivas. São números expressivos que não podem ser ignorados. Por que querem nos matar? O que podemos fazer para mudar esse cenário? A peça foi pensada como uma forma de expor à calamidade, assim como um alerta e uma tentativa de prevenção. Reconhecer o ciclo talvez seja uma das formas de libertar uma próxima geração dessa que chamo de ‘pandemia silenciosa'”.


Sinopse


O espetáculo narra a história de uma mulher que está prestes a se casar com o seu “príncipe”. Porém, o que aparenta ser uma relação amorosa e feliz esconde uma realidade bem diferente. Por meio de performances e monólogos intensos, a peça explora o ciclo da violência doméstica e como situações de abusos se apresentam de formas diversas, ao mesmo tempo que discute a importância de combater os feminicídios resultantes na dizimação do empoderamento feminino.


Ficha Técnica

Direção: Gabriela Gama

Assistente de direção: Júlio Oliveira

Atores: Gabriela Gama e Shirtes Filho

Iluminação e operação: Júlio Oliveira

Sonoplastia e operação: Rodolfo Ruscheinsky

Fotos: Karen Malagoli

Produção e Idealização: Faga’s Produções

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